Filmes premiados e indicados ao Oscar, com certeza terão lugar certo aqui no blog e nós não poderíamos deixar de falar sobre o campeão em premiações do ano: Gravidade. Dirigido por Afonso Cuarón o filme que carrega um orçamento estimado de 80 milhões de dólares tem uma das melhores fotografias feito no espaço. Ao decorrer do filme somos regados e ficamos totalmente extasiados de muita tensão, aflição e muita falta de fôlego. Então, vamos ao enredo!
Ryan Stone (Sandra Bullock) é uma engenheira médica e está em sua primeira missão espacial, ela está sob o comando do veterano astronauta Matt Kowaski (George Clooney) que conta os dias para sua aposentadoria. Em meio a missão um desastre no espaço acontece, os dois são avisados pela central de comando que um míssil russo teria acertado um satélite desativado próximo e isso ocasionaria um desastre em massa. Após a destruição de outros satélites, devido a reação em cadeia de destroços no espaço, (inclusive o telescópio que eles estavam efetuando uma manutenção) os dois se veem sem comunicação com a Terra, sua nave está totalmente danificada e o inevitável acontece: os dois estavam sozinhos no espaço e cada vez mais sem oxigênio.
A partir daí que você começa a perder todas suas unhas e a tensão e angustia tomam conta de todos seus sentidos, simplesmente piscar pode fazer você perder um detalhe importante. Ryan e Matt tem apenas um cabo que prendem um ao outro e o Jetpack de Matt para se locomover no espaço, sua única opção é ir atrás de outra nave para conseguirem um abrigo e quem sabe, voltar para a Terra a salvo e é claro, tudo isso com pouquíssimo tempo restando.
Os dois vão atrás de uma nave chamada Soyuz que permite a volta de um ou mais astronautas para Terra. Matt acaba ficando sem o seu combustível de propulsão no Jetpack e sua locomoção no espaço e de Ryan fica ainda mais comprometida, ao chegarem ao Soyuz mais próximo, descobrem que o mesmo também foi danificado pelos destroços.Ryan consegue se prender em uma corda de um dos paraquedas ativado pela nave, porém o “peso” de Matt a estava puxando para baixo o que poderia ocasionar – caso os dois se desprendessem – a morte eminente, pois ambos ficariam à deriva e sem oxigênio no espaço. Matt resolve tomar uma decisão surpreendente, a luta pela sobrevivência apenas começaria.
Posso garantir que as cenas e os efeitos especiais de Gravidade nos proporcionam momentos tensos e nervos à flor da pele. Esta atmosfera acontecesse ao decorrer de todo o filme, do início ao fim. Os críticos e físicos de plantão garantem que o filme deixa de lado algumas lições básicas de física, mas sinceramente? E aí? Em nenhum momento isso me incomodou no filme, lembrando que se trata de uma ficção, todo o enredo e a necessidade de sobrevivência de Ryan faz você simplesmente se entregar ao personagem, pois basicamente, o filme todo é você e ela.
Desde o início sabemos que a personagem está em sua primeira missão e que ela esta totalmente despreparada para isso, o que é totalmente fora da realidade. Sabemos que jamais a NASA permitiria uma pessoa tão crua no espaço. Mas como falei, nada disso tirou meu interesse no filme, e nem ofuscou sua mensagem de nunca se entregar, lute por sua vida, sobreviva.
Finalizando, outro ponto forte do filme é toda a alusão e analogia com a humanidade e a evolução da vida na Terra, como por exemplo: a cena em que Ryan fica em posição fetal é sensacional e ao mesmo tempo aos olhos de outros imperceptível. Ao final temos o final épico retratando a evolução humana, pra mim foi um cenário surpreendente! Spoiler: A forma como ela luta para sair da sua roupa pesada, a maneira que ela sai do lago se arrastando até se levantar meio curvada e então andar totalmente ereta no fim, é de arrepiar! Seria a intenção de Afonso Cuarón apresentar um contraponto sobre a criação do homem? que a vida se originou no espaço através do Big Bang? O que você acha?
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Gravity
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Lançamento:
2013
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Com:
Sandra Bullock e George Clooney
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Gênero:
Ficção Científica
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Direção:
Afonso Cuarón