Correr ou Morrer é o primeiro livro da série The Maze Runner do autor americano James Dashner. Meu interesse sobre o livro surgiu no dia que soube que o mesmo viraria filme e após ver o trailer não resisti. Fiquei extremamente intrigada e acabei pedindo o box da série de dia dos namorados e eu ganhei. De começo, foi difícil não compará-lo a Jogos Vorazes, mas lendo apenas algumas páginas já constatamos que a história é muito mais do que isso e é digno dos seus próprios elogios, sem comparações. Mas ainda sim carrega a excitante temática de survivor, custe o que custar. Vamos conhecer um pouco então?
Thomas acorda. Ele que está dentro de uma caixa metálica em movimento e não se lembra de nada. Ao sair desta caixa, percebe que não está sozinho, ele é acolhido por mais garotos, todos com a mesma faixa etária e que logo lhe apresentam A Clareira, um espaço aberto onde vivem cercados por um labirinto gigante. Assim como Thomas os “clareanos” não se lembram como foram parar ali e nem o porquê. O pouco que sabem é quase nada.
As únicas coisas que sabem é que são observados pelo o que eles chamam de Criadores e que toda noite as portas do labirinto se fecham e pela manhã se abrem novamente. A cada 30 dias, um novo garoto é mandado e há dois anos, os chamados de “corredores” vão explorar o labirinto para procurar a saída, mas sempre voltando a tempo, antes que as portas se fechem. Parece ser uma tarefa fácil comparado ao tempo que estão lá, a não ser pelo fato que as paredes desse labirinto se movem todos os dias.
Nesta “sociedade” criada por eles, existe uma hierarquia e cada um tem sua função, Alby e Newt são os líderes ali e fica sobre a responsabilidade deles e ao pequeno Chuck mostrar o pouco que sabem da clareia para Thomas. Thomas sabe que de algum modo é diferente, ele sabe que já esteve ali e sabe que deve ser um corredor, por que só assim poderá ajudar o grupo. Sua chegada é importante, ele guarda informações ocultas em sua cabeça e sabe que isso é a chave para desvendar os mistérios do labirinto. Após sua chegada, coisas estranhas começam à acontecer, como alguns clareanos o reconhecendo sem saber por que e até a tentativa falha de seu assassinato.
Além disso, mais um fator altera a rotina corrida desses garotos, a caixa chega novamente, após dois dias da chegada de Thomas, mas dessa vez ele trouxe uma garota, Teresa a única do grupo. Thomas a reconhece apesar de não se lembrar de onde e sabe que ambos carregam uma ligação forte (tão forte que têm um jeito especial para se comunicar), mas ela trouxe uma mensagem com ela – está é a última e tudo vai mudar.

Thomas é um personagem teimoso e de personalidade forte e as poucas respostas que lhe são dadas não o satisfazem. Logo, ele acaba quebrando a regra número um do grupo – apenas corredores podem entrar no labirinto. Isso parece ser um delito pequeno, mas não, ele resolve entrar no labirinto justamente a poucos segundos das portas se fecharem, mas posso lhes garantir é por um motivo importante.

Agora já está feito e de algum modo Thomas terá que arranjar um jeito de desvendar os segredos mais sombrios guardados em sua mente, nem que para isso tenha que passar por uma grande dor. E ele terá que correr… lembrar e correr muito, sem parar. Nunca algum clareanos voltou do labirinto para contar a história depois que os portões se fecharam, até a chegada de Thomas. Mas o que tem lá? Criaturas horríveis chamadas de Verdugos, que vivem nos corredores do labirinto a noite e apenas uma picada das suas garras pode ser letal.
O tipo de diálogo que os clareanos criaram nesta sociedade é intrigante, juntamente com seus hábitos estranhos, com este dialeto só deles, eu me peguei falando algumas dessas “gírias” mais de uma vez e isso é um ponto forte do livro depois do entendimento dessas palavras a história e muito mais fluída.
Em Correr ou Morrer veremos muito pouco da distopia, é uma espécie de introdução da história e é claro, que quando terminamos o livro ficamos com aquela cara de tacho: OK tenho que pegar o próximo livro… agora. Quase nenhuma resposta é dada, nem ao leitor muito menos a Thomas e aos clareanos, mas acreditem isso não é ruim.
O livro cumpre com seu objetivo, desde do início prende a atenção do leitor, os capítulo são curtos e sempre terminam com aquele “Q” a mais, o que faz que o deslizar das páginas simplesmente aconteçam sem você perceber. A história é extremamente original então como disse lá em cima, esqueçam qualquer tipo de comparação com outra série. As revelações dos fatos são incríveis e acreditem, pouco previsíveis.
Na trama, recuperar a memória não é o mais importante, a necessidade da sobrevivência grita mais alto. Pode ser que a recuperação da memória não seja tão agradável assim não é mesmo? O passado pode revelar muito sobre a vida de Thomas, mas será que ele aguenta as consequências disso? Veremos mais sobre isso nos próximos volumes da série, que são: Prova de Fogo, A Cura Mortal e Ordem de Extermínio.
A primeira adaptação chegou nos cinemas em 2014.

  • The Maze Runner
  • Autor: James Dashner
  • Tradução: Henrique Monteiro
  • Ano: 2010
  • Editora: Vergara & Riba
  • Páginas: 426
  • Amazon

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