Gostaria de começar esta resenha, dizendo que eu fui ao cinema, sem ter visto nem o trailer do filme. Na verdade, eu fui ver este filme, pois ele estava passando em IMAX, e eu queria muito ter essa experiência cinematográfica.
Pensei cá com meus botões: “Vai ser um filme em que o Hércules é cheio de poderes, vai enfrentar um vilão que também tem poderes, vai vencer e OK. Fim.” Enganei-me. E feio! Para começo de conversa, em momento algum super poderes aparecem. Em momento algum, aparece um cara gigante, que é Zeus (pai do Hércules mitológico). O que vemos nesse filme, é algo muito mais legal, e que faz muito mais sentido!
O filme inicia com uma voz, narrando as façanhas já realizadas por Hércules, nos seus 12 trabalhos extraordinários (ex.: Leão de Neméia, Hidra de Lerna, Guardião de Hades, etc), depois entramos no tempo atual, em que o narrador Iolaus (Reece Ritchie), e também sobrinho de Hércules, está a beira da morte, contando os feitos do tio, e sabendo que ele logo aparecerá, para a surpresa dos ladrões.
Logo percebemos o norte do filme. Nada de super poderes, na verdade, Hércules (Dwayne Johnson) sempre teve muita ajuda em combate. Ele conta com os amigos Tydeus (Aksel Hennie), Atalanta (Ingrid Bolso Berdal), Autolycus (Rufus Sewell) e Amphiarus (Ian McShane). Após um passado obscuro com sua família, Hércules junta esse grupo de desajustados e parte apenas atrás de ouro e transformam-se em um grupo de mercenários. Nesse contexto, são contratados pelo Rei Cotys (John Hurt) a ajudar a combater os selvagens que estão assolando todos os vilarejos da cidade, em troca do dobro do peso do Hércules em ouro.
Eles ajudam o Rei Cotys, treinam todos os moradores das vilas, e tornam moradores comuns, em combatentes eficientes. Será que será o suficiente para combater os selvagens? E o que aconteceu no passado de Hércules, os rumores não são bons… tudo indica que ele matou a família, e fugiu, marcado de morte pelo Rei Eurystheus (Joseph Fiennes).
Adorei o fato de em cada caso contado pelo sobrinho de Hércules, ter uma explicação racional para tudo o que ocorreu. Tornou o filme mais real, com personagens muito mais humanos e menos deuses. Na verdade, Hércules é um mito na região, dizem que é filho de Zeus, mas a verdade? É um cara muito forte, que é órfão, e perdeu tudo mais de uma vez. Ainda bem que juntou um grupo de amigos, que cuidam dele, estão sempre ao seu lado. Mais uma lição de humanidade, amizade.
Achei as atuações incríveis. Adoro o Dwayne, acho ele um fortão carismático, que por trás da montanha de músculos, consegue passar muita sensibilidade para o seu personagem. Achei igualmente incrível as atuações de Ingrid, que fez muito bem o papel de mulher-pode-tudo, e de John, que passa por uma grande mudança ao longo do filme.
E o que falar dos efeitos? Gente, fiquei abismada com o IMAX. A tela é enorme! Adorei! Mas com relação ao filme em si, tem ótimas cenas de ação, e as cenas de batalha de exércitos, foram incríveis, mostrando detalhes e momentos inusitados! O 3D IMAX, deu um gostinho muito especial neste filme. No final do filme, uma surpresa e uma reviravolta. Tudo muda rapidamente, pessoas são traídas, chantagens são feitas, enfim, tudo muito humano. Posso dizer que foi uma incrível surpresa este filme. Me vi torcendo pelos personagens, rindo, ficando tensa e chorando. Sim, lágrimas rolaram! Vale a pena conferir esse remake, dentre tantos do Hércules, junto com a animação da Disney de 1997, são os meus favoritos!