Oi pessoal, tudo bem? A alguns meses atrás recebi a proposta de parceria com a autora Ananita Rebouças, só hoje consegui trazer a resenha desse compilado de poemas para vocês e confesso que está espera valeu a pena viu? Sou da opinião que livros como este, que expressam sentimentos, devem ser lidos sem pressa, na hora certa. Só assim conseguimos embarcar na cabeça da poetisa e sentir na pele muito do que ela escreve e entender todas as analogias que ela propõe.
Amores da Casa Velha conta com 112 poemas, e durante a leitura eu consegui distinguir e sentir todas as diversas formas de amor, as experiências e as dores sofridas. Todos mesclados à uma intensidade única. É incrível como a autora conduz o leitor por este mar de sentimentos, e como nos sentimos motivados e tocados por muitos deles.
Não há como separar a poesia do seu poeta, tanto é que ao ler Amores da Casa Velha consegui ver a autora contando cada um muito claramente, e principalmente se abrindo de uma maneira tão segura com os leitores. Com certeza, nessas páginas existe muito da autora, uma parte dela que se eterniza em palavras e que tem como objetivo inspirar as pessoas, trazer a reflexão à tona e abrir portas para os sonhos. Se este era o plano de Ananita, comigo ela conseguiu muito bem!

Sem querer durante a leitura, consegui visualizar, e não sei se foi intenção da autora ou não, uma série de etapas da vida da autora, passando uma a uma. A “personagem/autora” evolui com todos os obstáculos, cresce e inspira. Eu convido todos a conhecerem Amores da Casa Velha, se rendam a leitura e conheçam os sentimentos mais íntimos de uma autora que resolveu começar da melhor maneira possível, espelhando seus sentimentos.

Quase que todos os poemas falam sobre o amor, mas não só o amor entre pessoas, mas também amor por si próprio, pela vida, por fazer o que se gosta, amor pelo o que passou, enfim… simplesmente ele. Eu me identifiquei com muitos deles, mas em especial alguns como, Anjo da Guarda, Ansiedade, Ferro Frio, Mania de Perseguição, O Melhor de Mim e Verdade, mas em especial, dois que brigaram para aparecerem na resenha, Decisão e Medo de Viver.

MEDO DE VIVER
Ninguém é dono de ninguém,
mas somos donos e responsáveis pelas nossas escolhas.
As escolhas pressupõem perdas e ganhos,
pressupõem dores e amores.
pressupõem o não saber o que será do dia seguinte,
mas também pressupõem saber o que será o dia de hoje,
que na verdade não existe.
Por que quando chega, já foi.
Já passou,
E, por medo, receio ou temor se deixou de viver
o amor, o horror, o pavor, a beleza do dia
e a bela tristeza da chuva
o raiar do sol e a luz fria da noite
que agasalha os anseios
que estimula os devaneios
que afugenta o não buscar o caminho do meio,
único e verdadeiro elo entre o querer e não fazer
e o fazer e se arrepender

Concluindo, saiam das suas zonas de conforto, leiam poemas, leiam Amores da Casa Velha. Percebam que é muito mais do que um livro sobre a vida e sentimentos de outra pessoa, mas sim um livro que reflete diretamente a nós mesmos. Se envolvam e se permitam sentir. Desejo todo o sucesso a autora e que seu livro de estreia ganhe muitas prateleiras e corações.

  • Amores da Casa Velha
  • Autor: Ananita Rebouças
  • Tradução: -
  • Ano: 2015
  • Editora: Quártica Premium
  • Páginas: 112
  • Amazon

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