Shea é uma jovem adulta de 33 anos e mora em cidadezinha universitária, Walker, mora ao norte do Estado do Texas, EUA, e nunca saiu de lá. Se formou na universidade que leva o mesmo nome da cidade, e vive para ela até hoje, ou melhor, para o futebol americano, assim como todos os outros moradores da cidade. Porém, Shea levou sua paixão pelo esporte além. Formou-se jornalista, e trabalha na assessoria do time de futebol universitário da Walker. Shea sabe absolutamente tudo sobre futebol americano. Dados históricos, estatísticas de campeonatos, de cada jogador, perfil de cada time e de cada treinador. Ela é uma expert no assunto. Sempre sonhou em ser jornalista esportiva, mas a chance nunca apareceu, ou ela se acomodou o suficiente para nunca ir atrás.
Tomei um gole de cerveja, depois olhei para o treinador. Olhei de verdade, tentando identificar a qualidade exata que fazia diferente dos outros homens. Havia alguma coisa muito especial nele.
Lucy Carr, filha do lendário treinador da Walker Clive Carr, é melhor amiga de Shea desde sempre, e já no início do livro um golpe atinge a família dos Carr. A esposa do treinador, mãe de Lucy, Connie Carr, morreu e parece que ela era quem mantinha todos unidos. Lucy já é casada, e tem uma filhinha, mas tudo o que precisa neste momento é do carinho da amiga. Shea sempre frequentou a casa dos Carr, e teve esta família como perfeita, quando a sua própria estava desmoronando. Sempre foi acolhida ali, e tratada como uma filha.
Shea namora Miller um ex-jogador, atualmente professor de educação física, que não almeja muito na vida, mas faz Shea rir. A mãe de Shea e Lucy, concordam que Miller não é o cara certo para ela, e Shea já começava e se questionar quanto à isso. Ela começa a questionar tudo em sua vida, e tudo acaba mudando depois da morte de Connie, sua segunda mãe. Ela já não tem mais certeza de nada, e a ligação forte que sempre teve com o treinador Clive, se mostra ainda mais intensa.
Quando chegou à mesa de bilhar, Ryan fez uma pausa dramática, abrindo os braços como se estivesse a espera de um abraço. Dei risada, e balancei a cabeça, sem querer parecer ansiosa demais.
Shea por fim decide terminar o relacionamento sem sal que tem com Miller, e pouco tempo depois começa a sair com o famoso jogador da liga profissional de futebol americano, Ryan James. Com Ryan tudo parece um conto de fadas, ele é lindo, rico, famoso, e parece profunda e verdadeiramente envolvido com Shea. Tudo corre bem, até que deixa de estar. Aos poucos, incertezas tomam conta de Shea, e ela não tem com quem contar. Quando ela acha que conhece uma pessoa, e parece que tudo vai dar certo, a vida prova que ela estava completamente errada, e lhe mostra um caminho completamente diferente.
Não vou contar mais nada sobre a história para não estragar a surpresa da história! A narrativa vai dando sinais do caminho que vai levar, e por vezes pensei: “não, ela está dando sinais, mas não é isso o que vai acontecer”, mas sim, é o que acontece. Isso me deixou um pouco chateada com a narrativa, queria ser mais surpreendida, mais desafiada. O tema é um pouco controverso, não me imagino agindo da mesma forma que Shea, mas entendo ela completamente.
Sobre a reação de Lucy (li algumas resenhas, após ler o livro, que detestaram a Lucy) eu achei totalmente plausível. Gente, se tudo aquilo tivesse acontecido comigo eu teria pirado também. Pirado mesmo, podem chamar de egoísmo ou o que for. Mas não sei se conseguiria absorver a ideia.
Sinceramente, acho que não seria a pessoa que eu sou hoje se não fosse pela sua família. Devo à vocês a minha paixão por Walker e pelo futebol americano. Vocês são para mim o exemplo de bons pais, irmãos, cônjuges e amigos.
A narrativa de Emily é muito boa, a única coisa que me deixou um pouco nervosa foram os excessos de informações detalhadas sobre futebol americano. Eu não sei nada sobre esse esporte, e achei um pouco chato esse monte de informação.
O final do livro me deixou satisfeita, para o rumo que a história tomou. A personagem da Shea eu achei um pouco passiva demais, aquele tipo de pessoa que não corre atrás do que quer, ou que não consegue definir o que quer. Esse tipo de personagem me agonia, mas ainda bem que ela tomou um rumo, e decidiu tomar as rédeas da sua vida.
Com relação ao livro no geral, posso dizer o seguinte: É uma ótima história para se passar o tempo. Algo que pode acontecer em famílias no geral, nada absurdo! Posso dizer que não entra para os meus preferidos do ano, mas não me arrependo de ter lido, e não consegui largar o livro até termina-lo. Para quem não leu, algumas das minhas colocações podem ter ficado sem pé nem cabeça, mas eu não queria contar mais detalhes sobre o livro, muito menos sobre o final! Para quem leu, gostaria muito de saber a sua opinião, sobre a resenha e sobre o livro!