Mama – Crítica

02 nov, 2015 Por Joi Cardoso

Fazia tempo que tinha vontade de ver o filme Mama, e quando vi a oportunidade de assistir e ainda trazer para o blog, na Semana do Horror, não pensei duas vezes, finalmente eu assisti e agora trago para você todas as minhas impressões.
O pai de Victoria e Lilly tem um surto, ele mata sua esposa, e durante a fuga acaba sofrendo um acidente com suas duas filhas. Eles se abrigam as margens de um lago em uma cabana, e depois de tentar finalizar sua desgraça, matando suas filhas, algo misterioso as protegem.
Cinco anos depois, as meninas continuam desaparecidas, mas Luke (Nikolaj Coster), tio das meninas, nunca desistiu de encontra-las. No dia que são encontradas elas estão irreconhecíveis, selvagens, vivendo como animais, ficaram longe do convívio social durante todo este tempo. No caso de Lilly é pior, pois antes do acidente ela ainda não caminhava e nem falava. É inexplicável a maneira que duas meninas tão pequenas sobreviveram no meio da floresta.

Depois de uma breve reabilitação, e em condições um pouco melhores, Luke e sua namorada Annabel (Jessica Chastain) conseguem a guarda das meninas. Annabel que antes de tudo isso não desejava filhos de maneira alguma, agora tem que conviver com duas crianças, como se fossem suas. Parte do acordo da guarda permitia que um psiquiatra acompanhasse de perto o desenvolvimento das meninas de volta a vida social. Tudo fica ainda mais interessante quando ambas meninas parecem interagir constantemente com alguém que elas chamam de Mama.
Mama foi o elemento sobrenatural que protegeu as meninas durante todo o tempo que estiveram perdidas. Mama, obviamente, não gosta de ver suas crianças sendo levadas do seu lar e agora, recebendo ajuda e afeto de outras pessoas, ela não se afastara das meninas tão facilmente.

Apesar do vínculo principal de Victoria e Lilly serem com o Luke, ele fica totalmente de lado na trama, focando apenas em Annabel, tão bem interpretada por Jessica. É justamente esta aproximação de Annabel com as garotas, a conquista delas e o crescimento do sentimento entre as três que desperta todo o clímax do filme.

Ao finalizar o filme, percebi que senti falta de detalhes sobre alguns personagens. Como a história dos pais das meninas e até da própria Mama, deixando umas pontinhas soltas para mim. Outros desfechos foram um tanto quanto previsíveis, e as motivações de alguns personagens um pouco questionáveis, mas OK. Lembrei que estava me propondo a ver um filme sobrenatural onde nem tudo terá explicações. Apesar disso, não há nada realmente, que estragasse a desenvoltura do filme, mas caso existissem, funcionaria melhor com o psicológico do telespectador, consequentemente tornando Mama um filme ainda mais assustador do que realmente é.

Produzido por Guilherme del Toro, Mama instiga desde o seu trailer. Para quem gosta do gênero, eu duvido que ao vê-lo você não sairá louco para assistir a trama completa, foi assim comigo, com certeza será com você. A produção está de parabéns como um todo, principalmente os efeitos especiais. Vale também ressaltar a atuação das duas crianças, principalmente de Isabelle que interpreta Lilly, ao mesmo tempo em que ela conquista cada telespectador ela intimida e assusta na mesma medida.

Parte do desfecho do filme lembra levemente O Chamado, então se você é tão fissurado pelo filme de 2002 vai se afeiçoar com Mama. De modo geral, o filme é bom e vai agradar muita gente, fazia tempo que um filme do gênero não chamava tanto minha atenção. Recomendo!

  • Mama
  • Lançamento: 2013
  • Com: Jessica Chastain, Nikolaj Coster-Waldau
  • Gênero: Terror
  • Direção: Andy Muschietti

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