Quando se dão conta disso, os clareanos (não consigo, não chamá-los assim) precisam arriscar suas vidas sozinhos no deserto, e por lá encontrarão muitos obstáculos, muito mais cruéis. Novos personagens aparecerão, novas descobertas e desafios que fazem com que o enredo de Maze Runner continue interessante para mim. A trama continua se desenrolando, é interessante perceber como estes jovens que tiveram suas memorias apagadas precisam lidar com a realidade fora dos labirintos. O primeiro filme foi um ótimo filme introdutório. Lá tínhamos um cenário limitado, mas fora dele, vemos como a história é ampla e muito mais complexa.
Apesar dos elogios eu senti que o filme é uma grande correria, literalmente. Como se não bastasse fugir de cientistas malucos agora eles precisam encarar os perigos do deserto, zumbis, rebeldes e oportunistas. Os personagens passam por pelo menos cinco novos lugares durante sua fuga, e isso tudo é muito rápido e mal explorado, como se cada um desses lugares fossem um lado do outro. Além disso, pontos importantes do enredo passam um pouco despercebidos. Para quem gosta de uma produção Hollywoodiana achará isso um mero detalhe, mas para quem procura a mensagem principal, assim como eu, pode se decepcionar. Se no primeiro filme não tínhamos um debate social relevante, no segundo temos uma boa oportunidade de conhecermos isso, mas que se perde dentre tantas cenas de ação.
Entretanto, é inegável que a ação continua sendo a grande protagonista do filme, acredito que os produtores e roteiristas souberam explorar isso com a renda mais expressiva ganharam e com certeza os fãs agradecem. O elenco do filme também está maior, e ganha reforços de peso, como de Barry Pepper interpretando Vince e Aidan Gillen como Janson, nosso novo vilão.
- Maze Runner: The Scorch Trials
- Lançamento: 2015
- Com: Dylan O'Brien, Ki Hong Lee, Kaya Scodelario
- Gênero: Aventura, Ficção Científica, Ação
- Direção: Wes Ball