Eu sou apaixonada pelos filmes do Steven Spielberg, então quando fui ao cinema assistir a Ponte de Espiões, com ninguém menos que Tom Hanks como ator principal, eu já sentia que um baita filme viria pela frente. E, graças a Deus, eu estava certa! O filme é incrível! Um dos melhores filmes de 2015, sem sombras de dúvidas, e não é à toa, que agora está concorrendo ao melhor filme do ano!
Tom Hanks vive o advogado especializado em seguros, James Donovan, que tem um futuro brilhante pela frente, apesar das maçantes tarefas diárias. O ano é 1957, e a Guerra Fria esta no seu auge. A Guerra Fria foi o período pós Segunda Guerra Mundial, em que os EUA e a União Soviética travaram disputas estratégicas e conflitos indiretos, numa corrida armamentista. É chamada “Fria”, pois não teve um embate físico envolvido, como eu comentei antes, apenas disputas estratégicas ocorreram nesse período.
Nesse meio, James recebe a impossível tarefa de defender um espião soviético que foi capturado nos EUA, e tentar inocentá-lo, e permitir o retorno a seu país de origem. Nesse meio tempo, um espião americano é capturado na União Soviética, e James percebe o que deve fazer para trazer o jovem americano de volta para casa. Assim, ele tenta “convencer” as autoridades de ambas as nacionalidades a fazer a troca dos espiões.
Obviamente as coisas não seriam tão simples. Primeiro, que nenhuma das nações está tão interessada assim em trazer os espiões de volta para casa. Por quê? Ora, eles não foram espiões exemplares não é mesmo? Se fossem não teriam sido capturados, e já que foram capturados, por que motivo não se mataram? Levando com eles segredos de Estado que os inimigos jamais devem ficar sabendo.
Além desse clima tenso com as próprias autoridades competentes, adicione nesse jogo, toda a crítica da impressa, mais os cidadãos. A grande maioria destes, defendendo um discurso perverso, de que a única solução era a sentença de morte ao espião soviético. James, por outro lado, com um discurso humanitário e lutando pelos direitos humanos, sabe que se o espião soviético morrer, o espião americano nunca terá chance de voltar para casa.
Em meio às negociações de James, ele é mandando a Berlim para negociar (a cena com o muro de Berlim é emocionante demais!), observamos o que passam com os outros espiões. O espião soviético, interpretado por Mark Rylance em uma ótima performance, fica em contato direto com o advogado, e alguns diálogos engraçados são travados entre os dois. Já o espião americano, interpretado por Austin Stowell, passa por momentos difíceis. É torturado por informações, e bravamente resiste.
O filme merece muito estar concorrendo ao Oscar, e eu ficaria muito feliz se ganhasse, pois é um filme exemplar. Tem um roteiro muito bem escrito, e Steven se preocupa com o telespectador, passando informações históricas importantes, para ninguém ficar perdido. Sinceramente, eu acho que o filme vencedor será O Regresso, com o protagonismo de Leonardo DiCaprio, mas, caso dê zebra para o filme de Iñárritu, torço muito para que Bridge of Spies ganhe! Tenho escutado muita gente falando de outros filmes potenciais, como O Quarto de Jack, ou Brooklyn, mas assistam a Ponte dos Espiões e surpreendam-se!
- Bridge Os Spies
- Lançamento: 2015
- Com: Tom Hanks, Mark Rylance, Scott Shepherd, Austin Stowell
- Gênero: Suspense
- Direção: Steven Spielberg