Eu já tive todo o tipo de experiência ao escrever as resenhas aqui do Estante Diagonal. Algumas foram muito difíceis de escrever, outras deram um nó na minha cabeça e fizeram com que eu me perdesse no meio de tantos pensamentos e opiniões, outras foram bem tranquilas e as palavras encontravam os seus devidos lugares de maneira simples e fluída, algumas, porém, foram extremamente fáceis, e esse é exatamente o caso da resenha de hoje.
Em A Anfitriã nós seremos apresentados a um dos grupos mais populares da escola. Nesse grupo de amigos existem os típicos personagens de filmes e séries adolescentes, temos a garota engraçada; o menino drogado; a menina mais linda da escola; o garoto lindo que faz as meninas suspirarem e a garota estudiosa que sempre tira notas boas. Por motivos desconhecidos alguém com muita raiva do grupo começa a enviar ameaças e mensagens para diversos membros, sem ter aparentemente, nenhum motivo específico. É durante uma dessas mensagens que diversos membros do grupo são convocados a se reunirem em uma antiga casa abandonada da cidade. É lá que toda a trama será iniciada.
Estávamos sentados digerindo a informação que recebemos, e o silêncio dominava a residência, ninguém conseguia dizer uma palavra. Nem mesmo a assassina.
Assim que avancei algumas páginas do livro percebi uma grande semelhança com o enredo da série de televisão, e também de livros, Pretty Little Liars. A trama segue uma fórmula muito parecida com a da série. Aqui encontramos alguém querendo prejudicar um grupo de amigos, essa pessoa possuí algum motivo confuso que vai surgindo conforme avançamos na história. O problema surgiu no modo como o autor explorou toda a trama e os motivos do potencial inimigo do grupo de amigos. Achei que a trama se desenrolou de maneira muito rápida, faltou um pouco daquele suspense, para que pudéssemos criar nossas teorias e imaginar o que poderia estar acontecendo por trás de todos os ataques ao grupo. Achei que toda a fórmula poderia ser melhor desenvolvida, se estendido um pouco mais. Não seria necessária tanta pressa, já que um bom suspense também pode ser construído aos poucos.
Os motivos de quem fazia as ameaças ao grupo também me pareceram um tanto vagos e sem maiores aprofundamentos. Quando leio livros como esse gosto de entender a mente do personagem, gosto de conhecer suas dores, seus sofrimentos, suas cicatrizes, e aqui encontrei uma breve explicação que não se encaixou muito bem ao longo da história, principalmente quando observamos o que foi feito a todos os personagens, e não apenas um. Gosto de moldar a mente do personagem, compreender o porque dessa ou daquela ação, por esse mesmo motivo senti falta de mais imersão.
Os personagens são típicos adolescentes, agem como tal e isso me agradou bastante, já que não esperava certas ações de seres na idade em que os personagens se encontram. Todos agem ligados à sua idade, não compreendem exatamente o que lhes acontece, não agem de maneira totalmente racional, mesmo quando pensam que o estão fazendo, e isso é ótimo, já que na maioria das vezes, pelo menos em minha imaginação, é isso mesmo que deveria acontecer!
A pessoa foi bastante prestativa, e me deu várias ideias, afinal, ela também tem seus motivos para querer vingança com todos vocês.
De maneira geral A Anfitriã é um bom suspense adolescente, é uma obra maravilhosa para aqueles que gostam de uma leitura mais fluída e rápida, ou para aqueles que pretendem se aventurar em livros de suspense. É uma leitura agradável, porém previsível que segue uma fórmula comum, já vista em outros livros ou séries. Se trata de um livro interessante, uma dica válida para quem curte conhecer novas histórias de suspense.
- A Anfitriã
- Autor: Elielson Júnior
- Tradução: -
- Ano: 2014
- Editora: Multifoco
- Páginas: 223
- Amazon