uma prova cabal é encontrada, outro homem é preso e Dennis está livre, o final perfeito para a produção e para as milhares de pessoas que batalharam pela liberdade dele.
Finalmente, o corpo de Holly Michaels foi encontrado. Suspeitaram de tios, padrastos e homens solitários. Imaginavam um monstro, um psicopata que tinha os ossos das garotas enterrados sob cimento em seu porão, que guardava as pulseiras delas penduradas num prego em seu armário.
Todas personagens femininas são ligadas à mesma figura masculina, como se não conseguissem ter protagonismo sem ele, são fracas e incapazes de tomar uma decisão sozinhas. Sei que existem mulheres menos fortes que outras, mas acredito que a literatura atual tem mostrado tantas coisas diferentes em relação a isso e que a postura da escritora nesse livro foi completamente desnecessária e fora do contexto que temos visto de constante modificação e fortificação do feminismo.
A título de curiosidade, o plot inicial do livro se assemelha muito a história real vivida por Damien Echols, acusado aos 18 anos sobre o assassinato de três garotos de 8 em West Memphis, no Arkansas. Damien teve um julgamento marcado por falsos testemunhos e muitas inconsistências no caso. Artistas, simpatizantes e apoiadores deram início ao documentário Paraside Lost: The Child Murders at Robin Hood Hills, atingindo a repercussão necessária para que a justiça fosse feita. Dezoito anos depois de sua prisão, Damien fora solto e em 2013 escreveu seu próprio livro, lançado no Brasil pela Intrínseca com o título Vida Após a Morte. Porém é importante dizer que ficam apenas por aqui as semelhanças.
- The Innocent Wife
- Autor: Amy Lloyd
- Tradução: Carlos Szlak
- Ano: 2018
- Editora: Faro Editorial
- Páginas: 276
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