Crepúsculo | Stephenie Meyer

Hoje a resenha é de um livro que mesmo depois de 13 anos ainda tem um lugar bem quentinho no meu coração, e como o título já entregou vou falar de Crepúsculo da Stephenie Meyer lançado lá em 2008 pela Intrínseca.

Segunda a sinopse da própria editora, Isabella Swan chega à nublada e chuvosa cidadezinha de Forks – último lugar onde gostaria de viver. Tenta se adaptar à vida provinciana na qual aparentemente todos se conhecem, lidar com sua constrangedora falta de coordenação motora e se habituar a morar com um pai com quem nunca conviveu. Em seu destino está Edward Cullen. Lindo, perfeito, misterioso ele é à primeira vista, hostil à presença de Bella – o que provoca nela uma inquietação desconcertante. Ela se apaixona. Ele, no melhor estilo “amor proibido”, alerta: Sou um risco para você.

Bom, o que dizer desse livro? Vou começar do básico, fiz recentemente uma releitura com algumas amigas e devo dizer que a Andressa de 2009 e a de 2022 ainda sentem a mesma coisa por Edward Cullen, porém com os olhos abertos para outras questões que não havia notado com um olhar de 14 anos.

Alguns personagens continuam me incomodando como Mike Newton e Jessica Stanley, até mesmo Jacob já me irrita um pouco por aqui e olha que, como sabia, sua participação nem é tão grande quanto nos próximos livros. Depois de ler Sol da Meia-Noite, tenho outra visão sobre personagens como a Angela Weber que parecem ser ainda melhores do que me lembrava que eram.

Algumas coisas me deixaram um pouco incomodada também na questão da escrita, pois em algumas partes a Stephenie acabou sendo prolixa demais, infelizmente ela acaba enrolando em algumas partes, prolongando o assunto mais do que deveria. Em Sol da Meia-Noite ela faz isso também, mas por ser o ponto de vista de um personagem que lê mentes e muitas vezes nem precisa falar para conversar com os outros é entendível, porém aqui algumas cenas acabam ficando um pouco mais… demoradas e podem fazer o leitor deixar a leitura de lado.

Outro ponto legal de se comentar é sobre srta. Isabella Swan. Aqui vou comentar sobre alguns fatos que foram acontecendo ao longo do livro, então sente-se e simbora!

Na maioria das vezes eu realmente não conseguia distinguir se as decisões tomadas por Bella eram realmente por amor ou se ela simplesmente sofria de uma depressão tão grande ao ponto de não se importar nem um pouco com sua integridade física, aquele famoso “amor a vida” parece não existir naquela cabecinha. Sabemos que Edward tenta por muitas vezes colocar juízo em sua pessoa, mas em algumas cenas praticamente, senão em todas, ela realmente não liga para o perigo que pode acabar sofrendo, e que isso pode fazê-la ficar sem seu novo amor.

Porém, essa história ainda segue sendo uma favorita da vida pra mim, pois graças a esse livro fiz muitas amizades em um período difícil e também me carregou para o mundo da leitura e não me arrependo. Então num geral, o livro ainda me agrada muito, mas agora com uma cabeça mais “adulta” sinto que posso ver tantas nuances que não tinha reparado antes como a dependência emocional de Bella, a possível depressão, a introspectividade e de onde tudo isso pode ter vindo, a questão da inveja e os ciúmes principalmente entre amigos, como aquela falta de conversa entre família pode gerar alguns conflitos também…

A lista é grande, mas como não sou psicóloga e nem estou fazendo análise de personagens prefiro me focar no romance adolescente que tem sido um dos meus cantinhos de nostalgia e refúgio.