Lua Nova | Stephenie Meyer – Estante Diagonal

Lua Nova é o segundo volume da Saga Crepúsculo, lançado em 2008 pela Intrínseca.

Após os acontecimentos do primeiro volume, o relacionamento de Bella e Edward parece dar uma engrenada, mas não por muito tempo. Neste livro temos um momento chave que vai abalar a estrutura de Bella Swan: após uma festa de aniversário malsucedida, Edward e sua família decidem ir embora da cidade de Forks, Edward se vê usando também da desculpa de que seria mais seguro para ela (que acabou de ser perseguida por um vampiro rastreador e quase ser transformada), se ele a deixar.

Bella não imaginava que a sua vida poderia mudar de forma tão drástica. Começamos pelo ponto de que ela não está se dando bem com a ideia de, um dia, ficar mais velha do que Edward (mesmo ele tendo 108 anos), mas também pelo fato de seu sonho de imortalidade de passar o resto de sua existência ao lado do amor da sua vida está sendo frustrado por ele próprio, já que Edward quer que Bella tenha o máximo de experiências “humanas” enquanto puder.

Enfim, com o ocorrido envolvendo James no livro anterior, os Cullen decidem que no momento, a melhor escolha é deixar Forks, deixando Bella para trás. Com a partida de Edward vemos o quanto Bella se tornou dependente desse amor, e o quanto um coração quebrado por aquela pessoa que jurou não o quebrar, pode nos machucar.

No entanto, o aparecimento dos Cullen naquele ano anterior, trouxe algo de volta para Forks, uma outra forma de proteção para a cidade. Envolto de segredos, temos Jacob que acaba sendo o pilar que tenta pelo menos manter Bella em um só pedaço.

Como se isso não fosse o suficiente, temos uma “nova” ameaça a vida de Bella, ela descobre que por um erro de comunicação, Edward está indo até a realeza dos vampiros, conhecidos como Volturi para pôr um fim em sua longa vida. Agora tudo depende de Bella e de como as novidades em sua vida irão colaborar para salvar o amor de sua vida.

Nesse livro podemos ver que Bella está em um estágio de dependência ENORME em seu relacionamento com Edward, uma fala da mãe de Bella resume bastante esse status: ‘‘eles se movem como ímãs”, então parece que todo movimento ali é sempre calculado para ninguém machucar ninguém, com um toque de medo da pessoa ir embora ou se revoltar com o que pode acontecer.

Tanto que quando o Edward decide ir embora e – larga uma adolescente, sozinha, no meio de uma mata, diga-se de passagem! – Bella sente como se mais nada no seu mundo fizesse sentido sem ele, ou que pra fazer as coisas básicas da vida ou até mesmo ter amigos, a presença dele é necessária. Aqui eu tiro meu chapéu para o Charlie que aguentou aquela situação por meses da melhor forma que pode, sempre tentando dar opções para a filha, mostrando que a vida pode continuar mesmo se o amor se for.

Eu realmente entendo o porquê de seus amigos do colégio terem ficado magoados com ela pois, quando Edward está por perto ela se torna uma pessoa voltada 101% para ele, lembrando que, casos de depressão podem sim deixar a pessoa apática a sua vida, e que isso pode ou não melhorar, mas a força de vontade da pessoa também conta.

E é nessa hora que Jacob Black faz sua parte, que também é complicada, pois pra mim, é notório que ele usa essa lacuna que Edward deixou para se aproximar da garota a qual ele desenvolveu uma certa paixonite – lembrando que Jacob é pelo menos 2 anos mais novo que Bela – e tenta de todas as formas se arranjar com ela.

Eu esperava mais informações sobre a questão dos Quileutes, apesar de que, estamos descobrindo todo esse novo mundo junto de Bella e Jacob. Temos algumas coisas acontecendo e vemos isso pelo ponto de vista de Jacob que influencia os pensamentos de Bella por ela não estar totalmente dentro da história.

Para finalizar, posso dizer que a receita de Stephenie Meyer continua a mesma, segue seu padrão de escrita, mas ainda não senti uma mudança na Bella e só pude notar que, sua dependência emocional continua, a ponto dela chegar a enfrentar seu pai por conta de seus sentimentos, tanto por Jacob quanto por Edward – ainda mais por Edward, claro.

Sigo adorando a saga Crepúsculo, porém Lua Nova só me deixou com uma perspectiva de um amor dependente, uma amizade com vários pontos dominante e tóxica, além de tratar de forma mais madura doenças como a depressão de forma romantizada.

E ai, quem já leu o segundo livro dessa saga adolescente dos anos 2000? Aguardem que a resenha de Eclipse vem logo logo 😉 Comentem não esqueçam de compartilhar a resenha com os amigos! Beijos e até a próxima!