A Empregada é o livro do momento das bookredes, e tudo que se fala sobre são elogios. Falou-se tanto no livro, que até quem eu admiro no meio da crítica literária também estava elogiando, então, não pude deixar conferir essa história logo.
Millie é uma empregada, que acaba de ser contratada pela família Winchester, mais especificamente pela Sra. Winchester. Nina é a responsável pela casa, já que o marido é um alto executivo e pouco para em casa, assim, as duas logo se acertam e o inicio dos trabalhos de Millie já se daria de forma imediata.
Assim que a governanta chega para conhecer a casa, já nota um ponto estranho em sua nova morada: o quarto onde ela irá dormir tem uma tranca diferente, que pode ser, exclusivamente, fechado por fora. Aquilo salta aos seus olhos a ponto de ela indagar a nova patroa, que rapidamente da uma desculpa qualquer, mas que não convence a funcionária, deixando-a com muito mais que uma pulga atrás da orelha.
Este pode ter sido o primeiro sinal de alerta para a mente de Millie de que aquele trabalho iria mudar completamente sua vida.
A primeira coisa que muda é a relação recente entre ela e a sua chefe, logo nas primeiras interações ela nota que a mulher não está mais a tratando com educação e zelo, do jeito que tinha tratado na entrevista que fizera antes da contratação. Aquilo incomoda Millie, criando até um sentimento de batalha entre as duas, que só aumenta quando a empregada nota os olhares do patrão. Não demora muito para que o clima entre os dois esquenta e ela não resiste, acaba nos braços de Andrew, deixando completamente de lado a relação profissional.
Uma vingança? Talvez fosse apenas o desejo de mostrar ao chefe ela podia significar um futuro muito melhor para ele.
Até este ponto da leitura, a trama de A Empregada é bem “normalzinha”, abordando até um assunto que tenho visto muito nos livros nos últimos anos, a questão do assédio no trabalho e os abusadores que existem no mundo, inclusive me lembrando uma obra que eu gostei demais e li nos últimos meses, A Volta da Chave, da genial Ruth Ware.
Depois da metade do livro a história acaba se tornando acelerada de uma maneira impressionante, não apenas no ritmo alucinante como as coisas passam a acontecer, mas pela quantidade de viradas, plot twists surpreendentes e um suspense verdadeiramente hipnotizante.
Posso afirmar que o hype em cima de A Empregada é merecido, o livro é bom demais, a qualidade de escrita de Freida McFadden se mostra excepcional, a maneira como ela ditou o ritmo desta história faz a autora parecer ainda melhor do que a gente espera que seja.
O final da história ainda é daqueles que encerra tudo com chave de ouro, de maneira enlouquecedora, deixando um gancho magnífico para a sequencia dessa série, que já está confirmada. Millie volta, e sua continuação já foi lançada lá fora. Já li “The Housemaid’s Secret” e posso confirmar sem nenhuma dúvida para vocês: é ainda melhor que o livro de estreia.
Gostei muito que a editora Arqueiro nos apresentou uma escritora já consagrada lá fora. Com certeza veremos em breve a sequência da série por aqui e quem sabe, outros títulos de Freida também, pois aposto que The Housemaid’s Secret será um dos lançamentos mais badalados de 2024
Virei fã da Freida McFadden, não conhecia ela e agora quero saber todos os detalhes sobre suas obras. A Empregada tem hype e merece ele, é um dos melhores livros do ano até agora, vai ser difícil ler algo tão magnífico dentro do suspense até o final do ano. Ficarei torcendo para que a série siga, que chegue logo em nossas livrarias e que tenhamos o terceiro volume, de um jeito ainda mais fabuloso.
- The Housemaid
- Autor: Freida McFadden
- Tradução: Roberta Clapp
- Ano: 2023
- Editora: Arqueiro
- Páginas: 304
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