Hanna tem 29 anos e se sente perdida. Depois de uma decepção amorosa, ela decide voltar para sua cidade natal, Los Angeles, para recomeçar. Sua melhor amiga, Gabby, está disposta a ajudá-la nessa nova etapa da vida. Para comemorar esse reinicio, as duas se encontram em um barzinho com os amigos antigos delas. Para surpresa de Hanna, seu ex-namorado, Ethan, aparece. Ao final da noite, ela vai precisar decidir ir com Gabby ou ficar com Ethan. Assim, vamos acompanhar como será a vida de Hanna a partir das possíveis escolhas. 

Taylor Jenkins Reid fez seu nome como autora principalmente através de seus livros sobre personagens famosos. Eu virei uma de suas fãs e lerei qualquer coisa que ela escrever. Comecei pelos seus livros mais famosos, até que chegou o momento de ler os primeiros livros da autora, que não tem essa pegada da fama. Agora, com a leitura de Em Outra Vida, Talvez?, eu estou em dia com suas publicações. 

Eu gosto muito de livros que levantam como problemática a pergunta: E se? Há muitas pessoas que não são tão ligadas com as possibilidades da vida, mas há as que, assim como eu, sempre se perguntam, e se? Imaginar que a vida poderia ser totalmente diferente se eu tivesse tomado uma decisão diferente é muito louco. Mas sei que a pessoa incrível que eu sou hoje é resultado de todas as escolhas que fiz na minha vida. Adoro pensar sobre isso! 

“Minha vida até pode ser meio que um desastre. Talvez eu nem sempre tome as melhores decisões. Mas não vou ficar aqui deitada olhando fixamente para o teto a noite toda preocupada.”

O livro é narrado em primeira pessoa, intercalando os capítulos entre as duas realidades. Vamos acompanhar as consequências das escolhas e como elas interferiram na vida das outras pessoas também. Afinal, quando tomamos uma decisão, de certa forma, a vida de outras pessoas também muda.

Eu fiquei muito surpresa com o tom dramático que a autora resolveu dar para as duas vidas da protagonista, mas principalmente na linha que ela escolheu ir pra casa com a amiga. Claro que coisas boas acontecem, mas a dificuldade está bem presente. Uma coisa muito legal é o papel de Gabby na vida da amiga. A todo momento ela está ali e é um ótimo suporte e ombro amigo. A autora vai explorar bem a vida dela, que também vai ter suas questões para superar. Vai ser muito bonito ver a troca de apoio entre elas. 

Um ponto positivo na escrita da Taylor é que ela sabe apresentar muito bem as características de suas personagens. Dá para perceber como Hanna está perdida e sofrendo, e por isso é muito legal ver sua evolução na trama conforme as coisas vão se ajeitando. Mesmo acompanhando a protagonista em duas linhas temporais diferentes e sua vida tomando rumos totalmente distintos, percebemos que ela é a “mesma” sempre. Gostei muito de saber que a essência dela foi mantida independente do que acontecia. 

Já li outros livros da autora em que ela coloca mais de um personagem como par romântico da protagonista. Isso sempre deixa a leitura muito dividida e sempre tem aquele que devemos escolher. Não que aqui ela devesse escolher já que temos duas realidades distintas, mas mesmo assim, eu escolhi meu preferido. Henry e Ethan são diferentes, mas estão ali por Hanna. Muitos acontecimentos vão influenciar na relação dela com eles, mas eu torci por ela nas duas linhas narrativas. 

Em Outra Vida, Talvez? é uma leitura sobre escolha versus destino, amor, amizade e consequências. Não é o melhor livro da autora, mas, como sempre, ela traz muitas reflexões sobre a vida. Viver é sempre a melhor escolha!

Avaliação: 3.5 de 5.

  • Maybe in Another Life
  • Autor: Taylor Jenkins Reid
  • Tradução: Claudia Costa
  • Ano: 2022
  • Editora: Record
  • Páginas: 322
  • Amazon

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