O que você faria se, a cada cem anos uma ilha ressurgisse para que seus antigos habitantes buscassem formas de acabar com uma maldição há muito lançada? Onde cada povo dividido deveria escolher seu líder como o campeão, correndo o risco de que, ao matar um deles todo o seu povo pereceria… arriscaria escolher um para morrer? Saberia se sacrificar? Bem-vindo a Lightlark, onde seus receios podem ser ouvidos e seus piores pesadelos atendidos
Nesta leitura conheça os competidores e saiba escolher em quem depositar sua torcida neste mix de Jogos Vorazes e intrigas de corte de Acotar. Conheça a líder dos Selvagens, Isla Crown, cujo povo fora amaldiçoado a nunca amar ou devorar o coração da pessoa amada. Um reino dividido em seis, cada qual com sua particularidade, e claro, sua maldição.
“A profecia para quebrar as maldições tinha três partes, que foram interpretadas de várias maneiras ao longo dos séculos. Uma era clara. Para que as maldições fossem erradicadas, um dos seis governantes tinha que morrer.”
Em Lightlark acompanhamos aqui os dias no centenário, suas regras, seus intrigantes governantes e os segredos que toda corte sempre tem que ter. Um livro para os fãs de algo misterioso, possíveis amores errados, amizades, maldições e mentiras.
Admito que comecei essa leitura com a expectativa abaixo de zero, tamanha as críticas que começaram a sair após seu lançamento. O que, admito, salvou muito a leitura pra mim. O livro passa longe de ser o horror que pintaram, não é também a fantasia mais inovadora dos últimos tempos. Mas a autora nos apresenta uma história bem marcada com seu começo, meio e o fim em aberto para a sequência da saga. Uma narrativa leve que consegue cativar o leitor despertando a curiosidade com as maldições de cada povo: Umbras, Selvagens, Estelares, Etéreos, Lunares e Solares.
Entretanto, não é uma indicação para qualquer leitor de fantasia, apenas para aqueles que sabem encarar um livro sabendo que não é tudo o que algumas resenhas pintam por aí, nem mesmo os blurbs de famosos. É um livro bom para porta de entrada no mundo de fantasias e maldições, sem grandes enredos e plot twist mirabolantes. Uma leitura para quem sabe o que esperar sem criar unicórnios de expectativas.
“ — E eu não sei do que eu gosto mais. De relembrar a imagem da minha espada contra a sua garganta… ou de pensar em como seu coração ficaria no meu prato.
Reafirmo que pegar esse livro sabendo o que esperar dele me facilitou na leitura, no andamento e em saber que não teria surpresas. Lightlark é um livro para intercalar com leituras densas, um sorbet¹ da literatura. Não tiro a indicação, sabendo bem para quem indicar. Se você, assim como eu, também curte ler algo que é taxado de ruim, pra saber se é realmente tudo isso que falam, seja bem-vindo. Talvez a leitura também te agrade, talvez te surpreenda positivamente ou não. Mas é preciso encarar para saber!
- Lightlark
- Autor: Alex Aster
- Tradução: Carol Christo
- Ano: 2023
- Editora: Rocco
- Páginas: 384
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