Esta semana fiz questão de resenhar do livro A Esperança, justamente para arrumar a casa para a chegada da parte um do filme. Assistimos o filme ontem, na primeira sessão, às 00:10 depois de comprar os ingressos com quase um mês de antecedência. A ansiedade era muita e agora vou falar para vocês por que valeu tanto a pena.
Gente, o que falar? Eu saí do cinema totalmente extasiada, o filme correspondeu grande parte das minhas expectativas! Como se eu fizesse parte da produção do filme, sai de lá com a sensação de dever cumprido. Ufa!
Mas antes, não poderia deixar de falar sobre todo o trabalho de marketing feito em cima do filme. A divulgação de A Esperança Parte I começou logo depois de Em Chamas ter chegado aos cinemas. Foram pequenos teasers, banners, propagandas da TV da Capital com os discursos do Presidente Snow em Juntos como um Só e União entre outros. Logo depois tivemos a invasão dos rebeldes no sistema da Capital dizendo que o Tordo estava vivo. Vou deixar aqui os sites criados exclusivamente para a Capital e para o Distrito 13, vale a pena conferir, principalmente deste primeiro, onde é retratado os interesses da Capital em tópicos detalhados.

Como vimos, a batalha Capital X Distrito 13 começou muito antes da estreia do trailer final, a estrutura em cima de todo este trabalho foi imensa e muito bem feita, outra prova disso são as imagens dos trabalhadores dos distritos, também disponíveis no site da Capital, os chamados Heróis dos Distritos. Vale de tudo para ganhar esta guerra, e tanto a Capital quanto o D13 lutam e usam o que podem, e nós fãs devotados que somos, fomos pouco a pouco preparados pelo que estava por vir. 

Mais perto da estreia, foi a vez da aparição do Tordo em diversos pontos turísticos ao redor do mundo. Perfeito não né?! Os produtores do filme acertaram em cheio e exploraram ao nível máximo toda a magia do mundo distópico que Suzanne imaginou, o que melhor fazer a não ser explorar a cabeça do público? colocando acontecimentos paralelos com nossa realidade, é como se os personagens estavam reclusos apenas esperando a nossa chegada para assistir ao filme.
O filme pode se resumir com uma palavra: intenso, do início ao fim. Realmente o filme não tem toda aquela adrenalina dos jogos nem as cenas seguidas de ação dos anteriores, o filme é puramente psicológico e o mais político de todos, é maduro, empolgante e cheio de tensão, fazendo jus ao livro. Com cenas memoráveis e tocantes, é violento e forte como deve ser.
Francis Lawrence mais uma vez nos surpreende, com todo o cuidado e atenção nos detalhes. A cena dos trabalhadores do Distrito 7 é umas das que não se encontram no livro, mas é implacável, assim como a parte em que os rebeldes invadem a represa cantando a música The Hanging Tree, cantado por Jennifer Lawrence, literalmente Katniss vira a voz e a cara da revolução, esta cena em particular, e toda sua sequência é de arrepiar.
O elenco escolhido para A Esperança, foi sensacional, mesmo aqueles personagens que aparecem por 2 minutos no máximo como Robert Knepper, Elden Henson, Jena Malone e Sarita Choudhury, presenças ilustres e em suas atuações igualmente impecáveis. Sem contar no elenco regular, do qual poderia ficar falando horas de cada um aqui, mas prometo poupar vocês. A atuação de Jennifer Lawrence na minha opinião é a melhor dos três filmes, aqui sim, ela consegue passar todo o terror interno de sua personagem e como ela consegue e não lidar com tudo que acontece em sua volta, Jennifer literalmente é o rosto e alma de Katniss.
Sei que prometi mas preciso ressaltar outras atuações como a de Elizabeth Banks, que mesmo não estando presente no livro, depois de sua atuação nos dois primeiros filmes provou que merecia estar presente no resto na franquia. O inesquecível Philip Seymour Hoffman também deve ser mencionado ele foi impecável com sua atuação, com certeza sentiremos sua falta no segundo filme.
A atuação de Sam Claflin fazendo as revelando dos segredos de Finnick é extremamente perturbadora. Para o resto do povo de Panem que ainda estava em cima do muro, o momento desmoraliza de uma vez por todas a Capital e a figura do Snow, prova de que o antigo sistema estava indo para o ralo, assim como o próprio Presidente que tenta disfarçar o odor de suas feridas com o aroma das rosas em sua lapela.
A trilha sonora apoiada por Lorde está fantástica, profunda e intensa, totalmente em sincronia com o enredo. Os efeitos especiais estão presentes e tão perfeitos que não notei nada de exagerado. Os visuais, mesmo no bunker do D13 são super interessantes, algo extremamente ousado para o filme, Francis em poucas tomadas conseguiu passar toda a grandiosidade oculta que o D13 tem.
E o final? eu já imaginava como ele seria, mas de jeito nenhum imaginei que seria tão intenso e traumático como foi, é um final forte e impactante, faz com que desejássemos logo pela continuação. O que no livro passa muito rápido, no filme temos uma sequência violenta bem explorada e de tirar o fôlego é totalmente aterrorizante e eu fiquei perplexa em minha poltrona. A atuação de Josh Hutcherson é impressionante, a maquiagem, o seu olhar, tudo nele conseguiu passar toda sua dor, desespero e sofrimento.
Resumindo pessoal, Katniss nesta primeira parte é moldada como revolucionária, pouco a pouco. Quando os rebeldes enfim, com ajuda de Katniss que dá um rosto a revolução, resolvem desafiar a Capital, que durante tanto tempo explorou o povo, percebemos que a política é tão mortal quando os Jogos Vorazes. Ahh…para quem pretende ver o filme deixo a dica final, assistam todos os créditos, ao final somos presenteados com mais uma transformação do Tordo em chamas. De maneira sólida e super atraente, A esperança Parte 1 marca sua chegada nos cinemas mais uma vez como um fenômeno mundial quebrando recordes. Tenho certeza que Suzanne Collins não poderia estar mais satisfeita e orgulhosa de tudo que ela imaginou ganhando vida e forma de maneira tão fantástica de como está sendo.

  • The Hunger Games: Mockingjay - Part 1
  • Lançamento: 2014
  • Com: Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth
  • Gênero: Ação, Drama, Ficção Científica
  • Direção: Francis Lawrence

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