Sydney Swift é uma das melhores agentes que a CIA poderia ter. Entretanto, suas habilidades de combate costumam ser melhores que sua capacidade de lidar com as questões mais pessoais, principalmente quando o assunto é família. Após anos viajando e lidando com o perigo, ela nunca esperava ter que participar de uma operação que envolvesse o noivo de sua irmã que, ao que tudo indica, chefia o crime organizado e está prestes a executar mais um plano perigoso que pode acabar machucando mais pessoas do que se imagina.
É engraçado quanta coisa se pode saber sobre uma pessoa que nem existe. E quanto se pode desconhecer sobre alguém que existe.
Perto do feriado natalino e após algum tempo sem ver a família, a moça embarca de cabeça na tarefa, afim de proteger quem ama, mas não contava com Nick e o primeiro encontro desastroso dos dois. O charmoso guarda-costas veio para o casamento relâmpago da irmã dela e é capaz de mexer com suas emoções e enfraquecer seus melhores instintos.
Envolvida além do que gostaria, Sydney ficará entre a cruz e a espada e precisará tomar decisões que vão muito além do seu treinamento e, quem sabe, arriscar seu próprio coração.
Operação Paixão é uma comédia romântica com clima de festas de final de ano, uma protagonista machucada pelas experiências da vida e uma boa dose de momentos de roubar o fôlego, que com certeza vai deixar muitos leitores felizes e de coração quentinho.
No estilo slow burn, um romance mais lento, Sidney e Nick se descobrem aos poucos a medida em que novos desafios sobre a missão começam a surgir. Embora estejam em lados opostos nesse esquema, os protagonistas têm uma boa comunicação durante o enredo e conseguem expor seus medos mais profundos quanto mais a intimidade entre eles vai crescendo. As interações deles são super fofas e eu adorei acompanhar o desenvolvimento deles como casal.
Além do mais, a autora explorou bem a relação das irmãs, algo que, às vezes, é deixado de lado em algumas narrativas, mostrando como a falta de diálogo e a falta de enfrentamento dos problemas pode gerar ruídos na comunicação ou afastar aqueles que mais amamos. Gostei bastante da amizade entre elas e, também, de conhecer a vovó Ruby, uma senhorinha fofíssima que agregou muito nessa história.
A cada pequeno carinho, a expectativa ferve dentro de mim. Aquela sensação de pular de paraquedas. De cair. Se isso não é confiança, não sei o que é.
A trama traz, ainda, um lado divertido para o leitor, com cenas super envolventes, diálogos mais engraçadinhos e personagens interessantes, porém ainda acredito que poderia ter algumas questões mais desenvolvidas, principalmente quanto ao noivo da irmã de Sydney e seu plot com o crime organizado. Johnny, o alvo da missão, tem um perfil bem singular e durante a maior parte do tempo eu ainda fiquei em dúvida sobre sua verdadeira personalidade.
As cenas de ação no final foram muito boas e cômicas, deixando tudo mais leve, como um bom livro do gênero merece para que a gente possa encontrar o “felizes para sempre”. Também achei bem bacana a Carlie Walker ter abordado o abandono familiar que as irmãs sofreram do pai e não ter floreado a questão, trazendo o assunto de um jeitinho mais maduro, com uma conclusão realista.
Recomendo muito para quem quer um livro leve, com mais ação, um toque de espionagem e um casal pé no chão e apaixonante.
- The Takedown
- Autor: Carlie Walker
- Tradução: Cláudia Mello Belhassof
- Ano: 2024
- Editora: Arqueiro
- Páginas: 304
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