A Múmia, da nova franquia Dark Universe, vem com uma proposta um tanto diferente do antigo filme de aventura/comédia de mesmo título (A Múmia, com Brendan Fraser, de 1999). A Dark Universe será dedicada a recriar os monstros clássicos da Universal Studios e a A Múmia é a primeira adaptação que estreia. Neste novo cenário, o longa remeterá a muita ação, terror, drama e um pouco de comédia, e toda essa mistura, infelizmente, não foi benéfica ao filme.
Há séculos atrás, na antiga Mesopotâmia, Ahmanet recebe um grande poder. Para que possam governar juntos, ela está decidida a invocar Set, o Deus da Morte, nem que para isso precise assassinar seu pai e irmão em um ritual. Ahmanet é perseguida e aprisionada prestes a concluir seu plano. Condenada a mumificação, ela recebe o pior dos castigos, tranca-la numa tumba e aprisiona-la para sempre é o único modo de anular seu poder. Nos dias atuais, os caçadores de recompensas Nick e Chris e a pesquisadora Jenny, investigam um estranho artefato e assim o grupo acaba despertando Ahmanet, ela encontra em Nick a chance de reinar novamente.
O filme trará novamente Tom Cruise como Nick Morton, um membro do exército americano que aproveita suas missões para roubar artefatos raros junto de seu amigo Chris Vail (Jake Johnson). Também teremos Russel Crowe (Gladiador) encarnando o Dr. Henry Jekyll, pois é, ele mesmo. A Múmia também conta com duas atrizes relativamente novas. Annabelle Wallis interpretando Jenny Halsey, uma arqueóloga fascinada pelo Egito Antigo e Sofia Boutella que dá vida a Ahmanet, uma antiga princesa egípcia.Durante o filme, temos cenas de ação extrema e muitos jumpscares, e essa alternância de “humor” do filme, acaba ficando um tanto confusa. Há momentos mais soturnos, onde o filme realmente parece se encaminhar para um lado mais sombrio, mas acaba durando pouco. A trilha sonora encaixa razoavelmente bem, não foi algo que chamou atenção, mas cumpre seu papel da melhor maneira possível, sem atrapalhar.
Falando sobre os aspectos técnicos, o ponto forte, onde o filme consegue ter algum destaque são com os efeitos especiais e a maquiagem. Assim como no antigo, (que nada tem a ver com o desenvolvimento do enredo do novo) A Múmia dirigida Alex Kurtzman, não fica atrás, graças é claro a toda a tecnologia desenvolvida de lá pra cá. Há diversas cenas onde fica explicito o trabalho bem feito do estúdio, e inclusive uma cena bem familiar ganha destaque. Fãs do filme de 1999 vão entender a referência.
Infelizmente os efeitos especiais e o bom casting do filme não são suficientes. A trama do filme é ultrapassada e simplória demais. Apesar das mudanças, o filme mistura tantas coisas ao mesmo tempo, que fica estranho (desde mistura abusiva de gêneros, como de personagens, a exemplo de Dr. Jekyll fazer parte do filme). A ideia deste novo estúdio da Universal, é fazer e apresentar filmes mais sombrios e já temos outro confirmado para 14 de fevereiro de 2019, The Bride of Frankenstein ou A Noiva de Frankenstein. Boatos também indicam a produção de filmes como O Homem Invisível, O Fantasma da Ópera, dentre outros. Cotados para os papéis temos nomes de altíssimo peso, como Johnny Depp, Angelina Jolie e Javier Bardem.
O primeiro filme do novo arco de personagens clássicos, infelizmente, não empolga. Resta esperar que sirva de aprendizado, pois A Múmia parece muito com um filme de sessão da tarde, uma história clichê e fraca, que se alonga por 1 hora e 50 minutos, fazendo com que o filme, em certos momentos, fique enfadonho. Porém, se você procura um filme de ação e aventura com muito clichê e com bons efeitos especiais, pode ser uma boa pedida, mas mesmo neste caso, ainda prefiro o antigo filme de 1999.
- The Mummy
- Lançamento: 2017
- Com: Tom Cruise, Sofia Boutella, Annabelle Wallis
- Gênero: Fantasia, Aventura, Terror
- Direção: Alex Kurtzman